quarta-feira, 1 de abril de 2015

Biarticulados: Passo Arriscado ou Erro?


A lógica e a matemática financeira não deixam mentir: o biarticulado é algo caro e difícil de se implantar. Esse é um ponto que todo mundo que acompanhou as últimas semanas as obras do SIOM deve ter dito ao saber que a cidade de Los Santos iria ganhar tais veículos para operarem. Como andar com esses imensos ônibus em faixas convencionais? Como comportar nos terminais e quais os reais benefícios que eles trariam aos passageiros da metrópole? Fomos perguntar todas essas questões ao presidente do sistema e saber um pouco mais sobre esse passo arriscado.


> O investimento para implantar tais veículos era relativamente alto, qual foi a principal motivação para que todo esse plano fosse posto em prática?
O terror de todo grande sistema e seus gerentes é a superlotação e viver no dilema de fazer algo eficiente, rápido e a custo baixo e tudo isso é encontrado em um veículo biarticulado, já que ele vale mais ou menos dois articulados ou três ônibus convencionais. Pensamos muito e fizemos várias reuniões com o Grupo Águia Dourada e Grupo Plus para ver se eles também queriam entrar nessa, já que a Prefeitura de Los Santos não poderia investir sozinha nisso. Alguns meses depois e aí estão os grandões do SIOM.

> É evidente que houveram reformas na cidade para poder comportar veículos com tais dimensões. Como o senhor conseguiu fazer todo esse investimento caber no bolso e ainda entregar tais obras em um tempo razoável?
Na segunda metade do ano passado foi aberto o processo licitatório com grandes construtoras do estado e duas se candidataram, DUDE e Mar Azul Serviços, ambas muito conhecidas por grandes obras. Depois de conversas com os dirigentes das duas, o SIOM optou pela segunda, já que ela já tinha alguma experiência no meio por reformar todo o sistema de San Fierro e construir o BRT de lá. Após encerrar a parte burocrática foi fácil, os caminhões e colaboradores já fecharam os lugares onde tais melhorias seriam realizadas e já começaram seus trabalhos. Em três meses o Terminal de Santa Maria Beach estava sendo entregue! Uma construtora magnífica que conseguiu entregar a obra bem antes do prazo previsto.

> Depois de resolver a parte das obras como foi para conseguir que as encarroçadoras fizessem esse projeto tão ambicioso que incluiria a tal catraca dupla?
Essa foi uma das partes mais difíceis de se resolver. Os grupos envolvidos não poderiam disponibilizar muito dinheiro para tais compras, já que são veículos extremamente caros e específicos. Foi proposto uma reunião com as encarroçadoras interessadas em fazer o projeto, além da Volvo que forneceria o chassi B340M de 28 metros e representantes das empresas e da diretoria do sistema. De todas as marcas de carroceria, duas se propuseram a tornar o sonho realidade: Marcopolo e Neobus, apresentando suas propostas (muito parecidas financeiramente, por sinal). Após essa reunião pautada, os dirigentes da San Marino e Rota TC optaram por comprar o modelo Viale BRT, já a Expresso Veneza esperançou-se na Neobus por sua longa história de amor. O SIOM autorizou a compra de 6 unidades distribuídas igualitariamente entre os interessados e deu a bandeira verde para a fabricação. 4 meses depois e aqui estamos com esses gigantes em San Andreas.

> ''Veículos comprados e terminais reformado. E onde eles iam trafegar?'' Essa pergunta deve ter passado por sua cabeça, não?
Essa foi uma pergunta antes de qualquer coisa. Um grande problema de veículos grandes é o raio de giro, ou seja, o espaço necessário para que um ônibus faça as manobras necessárias para virar uma rua, por exemplo. Vários lugares no mundo usam canaletas para que o uso deles seja possível, porém essa medida seria inviável dentro de San Andreas pelo seu espaço muito utilizado. Então o que fazer? Pensamos bem e contratamos especialistas em trânsito para nos oferecer a melhor proposta, surgindo a ideia de fazer que uma faixa fosse preferencial para os veículos biarticulados, porém com a autorização para que convencionais também pudessem a usar. Com a cobaia da Rota TC, realizamos vários e vários testes que demonstraram que essa seria a solução. Bem, nos primeiros dias de operação e já conseguimos sentir que foi feita uma excelente escolha.

> Antes dos biarticulados alguns veículos operavam a linha 505 de modo fixo. O que foi feito com esses carros?
A maioria ficou a cargo da própria empresa que os distribuiu entre o restante do portfólio do Interbairros. Os selecionados foram deixados como reserva dos biarticulados e os auxiliam nos horários de pico e também após as 21 horas, quando os duplamente sanfonados são recolhidos. Além disso, os super articulados estão em uma série de testes dentro de outras linhas que também sofrem com esse mal do final da tarde. Quem sabe no futuro não apareçam mais deles para dar uma ajuda?


 A Eletronic Bus agradece aos dirigentes do SIOM pelo seu tempo disposto para atender-nos e espera que todos os leitores tenham sanado suas dúvidas. Quer uma reportagem sobre algo novo que tenha surgido em San Andreas? Mande um email para nós que buscaremos ajudar você também a ter respondido seus questionamentos.

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